Lula sanciona regulamentação da reforma tributária: "finalmente os mais pobres pagarão menos"
Reforma destaca-se pela progressividade no consumo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (16) o projeto de lei complementar que regulamentou a reforma tributária. Os vetos buscam evitar a judicialização e serão analisados pelo Congresso Nacional.
Lideranças parlamentares enfatizaram que a reforma tributária destaca-se por ser a primeira da história do Brasil democrático e possuir elementos de progressividade no consumo.
O presidente Lula ressaltou na cerimônia no Palácio de Planalto a capacidade de diálogo do Congresso. "Em um país livre como o Brasil, a reforma tributária mostra que a democracia é o melhor sistema no planeta Terra", disse.
"O Brasil finalmente decidiu ser um país grande e competitivo", acrescentou Lula, lembrando que a nova ordem tributária passará a valer a partir de 2027.
O presidente também destacou que os mais pobres passarão a pagar menos impostos: "Finalmente uma política tributária que garante aos mais pobres pagar menos que os mais ricos", disse.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no evento que a reforma tributária será o maior legado do governo do presidente Lula. "Estamos plantando hoje um país muito mais justo e eficiente", afirmou.
Aprovada em dezembro de 2024 pela Câmara dos Deputados, a regulamentação reforma tributária, do Poder Executivo, contém detalhes sobre cada regime com redução ou isenção de incidência, a devolução de tributos para consumidores de baixa renda (cashback), a compra internacional pela internet e a vinculação dos mecanismos de pagamento com sistema de arrecadação.
A regulamentação da reforma tributária estabelece que PIS, COFINS, IOF-Seguros, IPI, ICMS e ISS serão substituídos por dois tributos de regime diferenciado: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), cuja arrecadação será compartilhada entre estados, municípios e o Distrito Federal, e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência exclusiva da União.
A nova regulamentação também prevê isenção total de impostos para alimentos classificados como essenciais na cesta básica nacional e prevê isenção e a devolução de impostos recolhidos às famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico.
Além disso, será criado o Imposto Seletivo, que aplicará uma tributação adicional sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
A alíquota padrão da nova tributação sobre consumo ficará em torno de 28%, segundo estimativas do Ministério da Fazenda. Com informações 247
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